Durante a noite fomos visitados por golfinhos que durante horas acompanharam o barco, já durante a manhã o surpreendente, um passarinho de no máximo 5 cm de tamanho pousa no Okey Dokey olha para mim, que estava no Deck, e entra na cabine. Não quis incomodar e certo que era um sinal deixei o pássaro fazer o que queria. Por lá ficou mais de 2 horas pegando carona na cabine de proa. Impressionante um pássaro tão pequeno viver no oceano.
O sinal logo veio... assim que o Skipper acordou fizemos uma manobra chamada asa de pombo para estabilizar a embarcação e melhorar o desempenho em relação ao rumo. Foi nesse momento que percebemos que o parafuso que segura a retranca no mastro estava por uma rosca de se soltar, a porca e a ruela já haviam caído, e o parafuso estava literalmente por um fio. Se o mesmo se soltasse perderíamos a retranca com Vela e tudo!
Ficou claro o sinal que aquele pássaro veio nos dar. Surpreendentemente a rosca e a ruela estavam preservadas em cima do deck e não rolaram com o forte balanço que o barco já vinha fazendo por estar com vento de popa. Uma chave inglesa e um martelo nos ajudaram a colocar as coisas nos seu devidos lugares e tudo voltou a normalidade após um período de estresse (que atingiu inclusive a tripulação que por sua vez começou a se estranhar).
Para acalmar as coisas o passarinho voltou e dessa vez ficou conosco no convés posando para algumas fotos. Ficou claro que ele não tinha medo da gente. Foi um momento de grande alegria e descontração.
Após um grande susto e a descontração no convés a recompensa vem logo pela noite; um vento constante e fresco nos empurra a 6 nós e a lua crescente ilumina o caminho do Okey Dokey, em um primeiro momento branca e extremamente brilhante, e na segunda metade da noite ela se faz mais avermelhada e com menor intensidade de brilho.
Baruch Hashem
M.Vinicius
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