terça-feira, 11 de outubro de 2011

Dia 9 - Turismo submarino em Mogán

De volta a Julio Verne.

Acordo por volta das 8:00h. Vamos tomar o café da manhã em uma padaria próxima ao barco. Uma laranjada, um biquíni (pão com queijo derretido) e um doce.

Vou dar um passeio no porto dos pescadores e resolvo encarar o famoso passeio de submarino. Chegam turistas de toda a Gran Canária para este passeio; principalmente alemães. Decidi fazer o passeio por curiosidade, pois na minha cabeça o fundo do mar era monocromático, com areia em suspensão, e pouca visibilidade.

Sentei na primeira fileira, ao lado da cabine de comando e tive o privilégio de observar tudo por dois olhares. A medida que o submarino descia, eu me imaginava em histórias de Julio Verne. Fiquei impactado. O fundo do mar era tão claro quanto uma calçada em dias encobertos. Claro, visível, muitos peixes, destroços de embarcações antigas....tudo maravilhoso.

Tão fantástico que me arrancou lagrimas por diversas vezes. Uma fantasia real. Foram 45 minutos que profunda emoção. E para estimular a imaginação, músicas, o som do sonar, algumas artimanhas para provocar os turistas, como raspar em pedras, bater no fundo a 30 metros, informações por auto falante, de que iríamos enfrentar correnteza, trepidações.......era uma Disneylandia melhorada, pois o que estava acontecendo era real.

Fiquei extasiado, agradecido por estar vivendo esta experiência. Uma decisão já tomada, será, sem dúvida, fazer um curso de mergulho com cilíndros. O mundo submarino é um mundo inimaginável, emocionante e em função disso decidi mudar a nossa rota de chegada. Ao invés de ir direto a Salvador, passo por Fernando de Noronha para voltar a ver o fundo do mar. Fui contaminado por esse jeito de viver.

Aliás, como curiosidade, Mogán era na década de 60, um grande acampamento hypie. Em seguida fomos ao supermercado para abastecer o barco para a travessia pois a parada em Cabo Verde dentro de 5 dias, será feita somente para abastecimento de agua e para nos dar a possibilidade de, se necessário passar 5 dias a deriva, em condições de sobrevivência.

Está chegando a hora de partirmos. Com certeza deixando em Mogán amizades sinceras como Ricardo e sua esposa Maria e uma vontade incrível de voltar.

M.Antonio Cascino














Um comentário:

  1. eiço ai garoto vai em frente uma boa velejada
    que deus proteja

    a vocês um abraço
    GILMAR

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