terça-feira, 1 de novembro de 2011

Dia 21 - Velejando rumo à Linha do Equador

Acordamos com a asa de pombo funcionando e resolvemos abrir a assimétrica pois o vento havia baixado para 7. Foi um sucesso... sem traumas a vela abriu exuberante e eu muito feliz por já estar transitando pela proa sem maiores problemas.

Ajudei a abrir e todos os procedimentos estavam se tornando rotina. A assimétrica aumentou nossa velocidade em 2 nós de imediato. Estávamos com vento aparente de 9 e velocidade de 7,5. Ficamos assim por um bom tempo....fotografando, apreciando a velejada. As 13 horas notei que o spot havia desligado.

O esperado era disso acontecer às 17. Religuei e mantenho observação, afinal ele esta sento submetido a todas as adversidades possíveis. O dia todo com a assimétrica. Ao por do sol a baixamos e continuamos a navegar com o equipamento convencional; vela e buja com vento a 12 nós quase de travéz. Foi um dia maravilhoso. A sensação que me dá vendo o infinito é de estar velejando em um grande balde de agua transbordando, e que, se chegarmos ao limite, caímos em um precipício sem precedentes, como se fosse o final das possibilidades....rsrsrs, vale a imaginação.

18h, Ligamos o motor para recarga das baterias auxiliares e aproveitei para tomar um banho de agua quente que é extremamente regenerador. A perspectiva para noite e madrugada é de uma velejada tranquila com velocidade em torno de 6 nós. Conforme vamos nos aproximando do trópico do equador as aguas são mais quentes, aparecem colônias de algas, a cor do mar é diferente e começam a aparecer poucos golfinhos.

Os peixes voadores começam a desaparecer. O almoço de hoje foi de queijo, azeitonas e pera. O jantar está previsto uma pizza congelada. Estou me sentindo feliz e privilegiado.

O por do sol foi fantástico; as cores no céu se misturando entre leste e oeste. E o mais interessante: começava a aparecer Vênus a Oeste, brilhante numa noite onde não teríamos luar; simultaneamente e quase simetricamente, como se fosse dois pontos de um eixo dividindo o céu, aparecia Marte, alaranjado, grande como Vênus, e o mais impressionante e que eu nunca tinha visto, deixava um rastro alaranjado no mar; não tão marcante quanto o da Lua , porém deixava; não consegui registrar em foto.

Marcos Antonio Cascino

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