A previsão que era pra chegarmos ao anoitecer em Noronha adiantou para antes do meio dia de hoje. É impressionante como o Okey Dokey veleja. É um barco fantástico. Durante boa parte da madrugada um pássaro grande me fez companhia no comando; ele ficava plainando ao lado do barco, tentava pousar na lona da cobertura... e o barco a 9 nós de velocidade; fiquei impressionado com o tamanho e o vôo do pássaro.
Trocamos o comando às 5 da manhã e fui descansar um pouco. Acordei às 7:30 e o mar continuava o mesmo; uma grande dificuldade de locomoção para ir até o banheiro ou mesmo para subir à popa.
Tomo um suco de laranja recarrego o telefone. São 10:58 e faltam 18 milhas para Noronha. Espero contato telefônico com o MV para sabermos se paramos em Noronha ou vamos direto a Salvador.
Avistei Noronha......sensação de vitória! Um avistamento de terra depois de 12 dias no mar é algo indescritível... pouco depois o primeiro contato telefônico... era minha filha gritando do outro lado. Me arrancou lágrimas... quase não deu para falar... primeiro engasguei a voz depois caiu a linha.
Terminava o confinamento de 12 dias. Espreitava o telefone pois queria muito falar com a minha esposa, enfim minha família. Escrevo uma mensagem ao MV para saber onde ele está e deixo na caixa esperando o sinal voltar. Pouco depois ele retorna a mensagem dizendo que está em Recife vindo para Noronha.
Tento falar com a Neusa varias vezes e não consigo por queda no sinal. Quando chego ao porto meu filho e meu genro já nos aguardavam. Muita emoção... um abraço apertado e muito o que conversar. Consigo falar com a Neusa, a Carla... saber que está tudo bem... foi ótimo... recebo também a informação que a equipe da Italo havia se superado no resultado das comissões.
Felicidade total. Agora não vejo a hora de voltar a Sampa e abraçar minha esposa, minha filha, meu neto. MV comenta que gostaria que nós 3 ficássemos na ilha por mais 2 dias. Concordei e o Edu deu um jeito de ficar também.
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